Infecção urinária é uma inflamação na bexiga, uretra ou nos rins, causada por bactérias ou fungos e podem dar diversos tipos de sintomas, a depender do local onde se instala. Mais comum em mulheres, porém homens podem apresentar infeção e devem sempre ser investigados.
Infecção urinária baixa ou cistite acomete a bexiga e em geral tem sintomas bem típicos, como ardência e dor ao urinar, sensação de pressão na bexiga, aumento da frequência urinária.
Os sintomas mais comuns são vontade súbita de urinar, dor para urinar, sensação de pressão na bexiga, dificuldade de sair urina, retenção de urina e até presença de sangue. Na maioria dos casos não há febre. Esse tipo de infecção é mais comum em mulheres sendo causada principalmente por bactérias que estão naturalmente presente no organismo e que se proliferam devido ao desequilíbrio da microbiota da região genital e da microbiota intestinal.
Já existem tratamentos específicos para esse tipo de infecção urinária, algumas vezes inclusive em dose única, sempre prescrito pelo médico. Além disso medidas de orientação para aumento de ingesta de líquidos e melhora do estilo de vida e padrão nutricional, tratamento do intestino, atividade física, devem ser adotadas.
Atenção: Infecção urinária recorrente, ou seja, 2 infecções em 3 meses ou 3 episódios em 6 meses já tem indicação de tratamento específico profilático com especialista.
Algumas mulheres tem um quadro de infecção urinária após relação sexual. Isso acontece porque durante o ato sexual as bactérias que colonizam a região perianal de espalham para o períneo, região que fica entre a vagina e o ânus, podem penetrar na uretra e causar a cistite.
Esse tipo de infecção tem tratamento bem específico e deve ser acompanhado por especialista, além das medidas gerais já citadas acima.
ou seja, alteração da microbiota intestinal, tenham infecção urinaria. Por isso hoje o tratamento do intestino é fundamental para resolver episódios frequentes. Por isso quadros como diarreia e prisão de ventre estão frequentes presentes nessa população. O tratamento deve incluir a regularização do trânsito intest
O estrogênio é o hormônio feminino que protege as mulheres de infecção pois durante a fase fértil da mulher ele promove a manutenção dos lactobacilos saudáveis povoando a região da vulva e do períneo na mulher, evitando que bactérias nocivas estejam ali presentes.
Com a flutuação hormonal que ocorre na mulher após os 45 anos e a queda do estrogênio no climatério e menopausa, há substituição dessa microbiota e por isso nesta faixa etária ocorre mais infecção urinária. Neste caso o tratamento deve também ser individualizado e incluir, se possível, hormônios e cremes locais e avaliar a necessidade de fisioterapia para treinamento do assoalho pélvico.
Infecção urinaria alta, ou seja, acomete o tecido renal. Como esse tecido é mais vascularizado, a infecção pode se agravar e inclusive levar o paciente a internação para uso de antibióticos venosos. Pode evoluir de forma mais grave e merece muita atenção.
Paciente pode apresentar dor lombar, calafrios, febre alta, mal-estar geral, dor abdominal com náuseas e até vômitos. Pode haver perda de sangue na urina. Casos não tratados podem evoluir mal.
A investigação deve idealmente ter um exame de urina para conformar que deve conter uma análise de sumário de urina ou urina tipo 1 ou EAS e uma cultura de urina. Muitas vezes se faz necessário uma tomografia para confirmar o diagnostico.
Tratamento é feito com antibióticos orais ou venosos por tempo em geral de 7 dias, podendo aumentar de acordo com cada caso.
Atenção: Infecção urinaria recorrente, ou seja, 2 infecções em 3 meses ou 3 episódios em 6 meses já tem indicação de tratamento específico profilático com especialista.
Paciente idoso, muitas vezes com quadro de perda de massa muscular progressiva, perda da mobilidade, acamados ou em cadeiras de rodas, portadores de doenças crônicas e debilitados podem apresentar episódios recorrentes de infecção urinaria.
Neste caso as causas são multifatoriais e o tratamento visa reconhecer a causa e tratar para evitar as recorrências.
Os sintomas nessa população nem sempre são claros, podendo iniciar o quadro com confusão mental, perda de apetite, mal-estar, queda do estado geral. A febre nem sempre está presente. Pode haver presença de urina turva e com sangue, odor forte urinário, dor na virilha e nas pernas.
Alguns fatores de risco podem contribuir para infecções como uso de sonda, bexiga neurogênica, fraldas e estar acamado.
A investigação idealmente deve incluir um exame de urina para análise de sumario de urina e urocultura, se necessário um exame de imagem com ultrassom ou tomografia. O tratamento inclui antibiótico oral ou venoso de acordo com o caso clínico e o estado do paciente.
Deve se investigar sempre as causas para evitar infeção recorrente.
Infecção urinária na gestação deve ser um ponto a ser tratado com urgência e a participação do obstetra que está acompanhando. Há risco fetal a depender da intensidade e da gravidade do caso. Gestante estão sempre sendo monitoradas quanto a esses sintomas e a qualquer sinal de infecção, seja ela baixa (cistite) ou alta (pielonefrite) devem procurar assistência médica e comunicar preferencialmente seu obstetra.
Nem todos os antibióticos podem ser usados na gestação por isso a participação do obstetra ou nefrologista se faz necessário.
Gestantes com infecção urinaria recorrente devem ser monitoradas de perto e se necessário realizar profilaxia durante a gestação evitando novos episódios e risco ao feto.
Apesar de mais comum em mulheres a infecção também pode afetar homens, especialmente após os 50 anos, devido a condições como a hiperplasia benigna da próstata, que dificultam a saída da urina e facilitam o desenvolvimento de bactérias e outros microrganismos.
Como a uretra do homem é de 4 a 5 vezes maior que a uretra feminina, toda infecção urinária masculina deve ser investigada.
Os principais sintomas de infecção urinária no homem são vontade frequente para urinar, urina turva e com cheiro forte, sangue na urina, acordar à noite para ir ao banheiro, pode haver febre e presença de sangue.
Alguns dos fatores que podem aumentar o risco de um homem desenvolver infecção urinária como beber poucos líquidos, uso de sonda, ter a próstata aumentada, ter relações sexuais anais, ter refluxo da urina da bexiga para os rins ou bexiga neurogênica, pedras nos rins, prostatite crônica.
Além disso, homens que não são circuncidados também têm maiores chances de desenvolver infecções urinárias, pois o excesso de pele no pênis dificulta a limpeza e aumenta o risco de proliferação de micro-organismos no local.
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