Doença Renal Crônica

Insuficiência renal é a condição na qual os rins perdem a capacidade de efetuar suas funções básicas. Os rins filtram resíduos e excesso de líquido do sangue. À medida que eles falham, os resíduos se acumulam e líquidos também podem se acumular.

Saiba mais sobre o assunto:

Os sintomas se desenvolvem lentamente e não são específicos da doença. Algumas pessoas não apresentam sintomas até as fases finais da doença e são diagnosticadas por um exame laboratorial, como por exemplo o exame de creatinina e ureia no sangue e proteína na urina.

A insuficiência renal pode ser aguda (IRA), quando ocorre súbita e rápida perda da função renal, neste caso pode ser reversível completamente ou deixar algum nível de sequela renal. Já a insuficiência renal crônica (IRC), esta perda é lenta, progressiva e irreversível.

A doença renal crônica (DRC) é toda doença com algum grau de dano renal por mais de 3 meses, podendo ou não ter insuficiência renal, ou seja, diminuição do funcionamento com aumento de alguns marcadores como a creatinina.

Um paciente que tem Doença Renal Policística Autossômica Dominante (DRPAD) por exemplo, ou mais comumente chamado de rins policísticos, tem doença renal estrutural, com vários cistos, podendo ter ou não insuficiência renal (ou seja, piora da taxa de filtração glomerular e aumento de creatinina), mas ele é considerado renal crônico por ter uma condição prolongada estrutural renal.

A evolução da doença depende da doença de base e dos tratamentos propostos. Diabetes e Hipertensão são as principais causas de doença renal no mundo que levam o paciente a dialise. Mas Doença renal policística autossômico dominante, Glomerulopatias (como nefrite lúpica, glomerulonefrites, síndrome nefrótica, síndrome nefrítica, GESF, IgA ou doença de Berger etc.) e nefrite intersticial crônica também são causas de Doença renal crônica.

A DRC quando evolui para seus estágios finais leva o paciente a necessitar de um método substitutivo para os rins, que podem ser o transplante renal, a dialise peritoneal ou a hemodiálise. Nesse caso, em geral o rim precisa estar funcionando menos de 15% para que o paciente seja elegível a um método substitutivo renal.

Como posso saber se tenho DRC?

Uma avaliação médica deve ser feita com nefrologista. Exame físico detalhado, uma boa história clínica e familiar, exames de imagem e exames de sangue complementares que podem incluir marcadores como a creatinina, ureia, albumina na urina. Essas alterações devem estar presentes por mais de 3 meses e terem caráter irreversível.

Quais tratamentos estão disponíveis para a DRC?

Hoje com a evolução da medicina temos várias medidas comprovadamente efetivas contra a progressão da doença renal, que junto a medidas de estilo de vida, nutrição adequada, atividade física individualizada e regular podem manter o paciente em tratamento conservador (sem dialise) por longos períodos.

O que é tratamento conservador da DRC?

É a fase que os pacientes não precisam ainda de um método de substituição da função renal (como diálise ou transplante).  Medicamentos e medidas gerais de estilo de vida vão ajudar a retardar a progressão da doença.

É a fase que se “CONSERVA” a função renal evitando piora e queda da taxa de filtração.

Nesta fase além de medicações e medidas gerais nutricionais e de atividade física também é estimado o risco cardiovascular dos pacientes, risco de doenças mais prevalentes nesta população, como alguns tipos de câncer, necessidade de imunização etc.

O paciente não é apenas um exame de creatinina, temos muito o que fazer e devemos traçar um plano terapêutico completo para curto, médio e longo prazo.

Como posso saber em que estágio estou da DRC?

Podemos classificar a DRC de acordo com a taxa de filtração glomerular, ou leigamente falando, o percentual que o rim está filtrando.

Usamos calculadoras automáticas para calcular a taxa de filtração glomerular (TFG), como por exemplo CDK EPI 2021, onde imputamos dados como idade, sexo, marcadores como creatinina e cistatina C na fórmula e temos o resultado da TFG.

São 5 estágios da DRC a depender da taxa de filtração glomerular. Em geral alterações nos exames começam a aparecer a partir dos estágios II a III. Sintomas se iniciam em ases mais avançadas como nos estágios IV a V.